Teoria do
Pensamento Ecumênico Axiomático
PEA
ODE JUSTUS
Esta teoria foi idealizada por Ode Justus durante um surto de euforia de bipolaridade tipo 1, em setembro de 1996.
Todos os direitos autorais reservados
a Oldemar Justus Fernandes Costa.
2025
Sumário
1.
Introdução
2.
Conceito do Termo Ecumênico
3.
Conceito do Termo Axiomático
4.
Como Validar um Axioma
5.
A Teoria do Pensamento Ecumênico Axiomático – PEA
6.
O Poder do Pensamento Ecumênico Axiomático - PEA
7.
As Drogas do Pensamento Ecumênico Axiomático - PEA
8.
O Fomento do Pensamento Ecumênico Axiomático - PEA
9.
Considerações Finais
10.
Glossário
11.
Sobre o Autor
1. INTRODUÇÃO
Vivemos tempos de extremos. De um lado, avanços científicos,
tecnológicos e comunicacionais sem precedentes. De outro, conflitos
ideológicos, intolerâncias culturais e crises éticas que ameaçam nossa
convivência como espécie. Nunca tivemos tantos meios para nos comunicar — e,
paradoxalmente, nunca estivemos tão divididos.
Diante desse cenário, surge uma necessidade urgente: reconstruir um solo
comum positivo. Um lugar simbólico e ético onde as diferenças possam coexistir
sem se anular, e onde a diversidade humana seja celebrada como riqueza, não
como ameaça. Essa busca é o que fundamenta a proposta da Teoria do Pensamento
Ecumênico Axiomático (PEA).
A PEA não é uma religião, nem uma ideologia. É um convite ao pensamento
universal positivo, baseado em axiomas éticos — princípios autoevidentes que
não dependem de doutrina ou fé para serem reconhecidos como válidos. É uma
tentativa de fundar um ecumenismo filosófico e existencial, que vá além das
fronteiras da religião tradicional e ofereça à humanidade uma nova base de
entendimento mútuo.
Se o dogma impõe, o axioma propõe.
Se o dogma exclui, o axioma acolhe.
Se o dogma divide, o axioma une.
Esta teoria parte do princípio de que é possível pensar de forma
ecumênica — isto é, aberta, integradora e universal — e, ao mesmo tempo,
fundamentada em verdades éticas elementares, que se impõem pela razão e pela
consciência humana.
O Pensamento Ecumênico Axiomático nasce, portanto, como resposta à
fragmentação do mundo moderno, propondo um caminho novo, baseado não em crenças
absolutas, mas em verdades éticas compartilháveis. Ele é, ao mesmo tempo, um
método de pensamento, uma filosofia de convivência e uma proposta de paz.
Este livro apresenta essa teoria em camadas. Primeiro, define os termos
fundamentais: “ecumênico” e “axiomático”. Em seguida, expõe a natureza do
Pensamento Ecumênico Axiomático, suas premissas, sua relação com o infinito,
com o tempo, com a verdade e com o poder. Por fim, propõe formas de validar,
aplicar, proteger e difundir esse novo modo de pensar.
Não se trata de impor uma nova verdade ao mundo. Trata-se de reconhecer
aquelas verdades que já estavam aqui — dispersas, fragmentadas — e reuni-las
como fundamentos de uma nova consciência coletiva positiva.
Se o mundo pode ser salvo, será por aquilo que nos une, não pelo que nos
separa. E aquilo que verdadeiramente nos une, talvez, já seja um axioma à
espera de reconhecimento.
2. CONCEITO DO TERMO ECUMÊNICO
O termo "ecumênico" tem origem no grego antigo oikoumenē,
que significa “a terra habitada”, ou mais amplamente, “o mundo conhecido”.
Originalmente, referia-se ao império como um todo — a totalidade do espaço
civilizacional sob uma determinada ordem. Com o tempo, especialmente no
contexto cristão, o termo passou a designar a tentativa de unificação das
diferentes igrejas cristãs, visando restaurar a comunhão entre doutrinas e
tradições separadas.
No entanto, limitar o ecumenismo à esfera religiosa — e mais
especificamente, ao cristianismo — é reduzir seu potencial mais profundo. No
coração da palavra “ecumênico” está a ideia de abrangência universal.
Ecumenismo, em seu sentido mais pleno, é o esforço humano de reconhecer o outro
como parte legítima do mesmo mundo que habitamos.
O Pensamento Ecumênico Axiomático propõe a recuperação e a expansão
desse sentido. Vai além do ecumenismo confessional (entre igrejas) e propõe um
ecumenismo filosófico e ético, que atravessa religiões, culturas, ideologias e
visões de mundo. Um ecumenismo que não exige crença comum, mas sim o
reconhecimento de valores fundamentais compartilháveis — os axiomas da
convivência humana.
Do ecumenismo teológico ao ecumenismo existencial
Na história recente, o ecumenismo esteve ligado a fóruns
inter-religiosos, conferências teológicas e diálogos entre doutrinas. Mas o
século XXI exige algo mais: um ecumenismo existencial, que reconheça que todos
os seres humanos — independentemente de fé, cor, língua, orientação ou origem —
compartilham a mesma condição: somos frágeis, temporais, interdependentes.
Este novo ecumenismo não nasce da concordância religiosa, mas da
consciência de que habitamos a mesma casa — o planeta, a história, a
humanidade. E que, por isso, não podemos continuar construindo muros onde
deveríamos estar lançando pontes.
Ecumenismo como atitude, não como doutrina
Neste contexto, ser ecumênico é mais do que aceitar o outro: é escolher
conviver com ele em respeito, mesmo quando há desacordo. É perceber que a
verdade pode ter múltiplas expressões, sem que isso signifique relativismo
absoluto. O ecumenismo, portanto, não é uma nova religião, mas uma ética do
encontro.
É esse espírito ecumênico — amplo, inclusivo, dialogal — que o PEA adota
como uma de suas bases. A teoria não exige que ninguém abandone sua fé,
filosofia ou tradição. Apenas propõe que todas essas formas de ver o mundo se
assentem sobre um chão comum de axiomas éticos, para que o diálogo entre elas
seja possível, profundo e transformador.
3. CONCEITO DO TERMO AXIOMÁTICO
O termo “axiomático” vem do grego antigo axiōma (ἀξίωμα), que
significa “o que é considerado digno”, “aquilo que é evidente por si mesmo”. Na
filosofia clássica e na matemática, um axioma é uma proposição fundamental que
não precisa ser provada — pois é aceita como verdadeira com base em sua
clareza, universalidade ou caráter autoevidente.
A filosofia grega, especialmente em Aristóteles, já trabalhava com
axiomas como princípios do pensamento lógico. Um exemplo clássico é o princípio
da não-contradição: “uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo sob o
mesmo aspecto”. Este tipo de axioma não é apenas aceito — ele é necessário
para que qualquer raciocínio lógico seja possível.
Na matemática moderna, axiomas formam o ponto de partida de sistemas
inteiros. Não se discutem como verdades absolutas em si, mas como proposições
fundamentais a partir das quais o restante do sistema se constrói.
No entanto, o Pensamento Ecumênico Axiomático (PEA) propõe uma ampliação
desse conceito: do axioma lógico para o axioma ético e existencial.
O axioma como fundamento ético
A pergunta central da PEA é: quais são os princípios éticos que podem
ser reconhecidos como verdadeiros sem a necessidade de imposição dogmática?
Esses axiomas não são verdades religiosas, científicas ou ideológicas —
são princípios universais de convivência humana, como:
- Toda
vida é digna de respeito.
- O
sofrimento do outro importa.
- A
liberdade de pensamento é essencial à dignidade.
- O mal se
vence com o bem.
Tais proposições não precisam de fé para serem aceitas, nem de provas
científicas. Elas se impõem à consciência ética porque são, em si,
autoevidentes para qualquer espírito disposto ao diálogo e à empatia.
A diferença entre axioma e dogma
É essencial distinguir o axioma do dogma:
AXIOMA |
DOGMA |
Surge da razão e da ética |
Surge da autoridade e da revelação |
É proposto ao diálogo |
É imposto à obediência |
Pode ser aceito por múltiplas tradições |
Está preso a uma única doutrina |
É base para construir convivência |
Muitas vezes, serve para definir fronteiras |
O axioma, portanto, não exige submissão — ele convida à reflexão. E
quando é aceito, não por medo ou fé cega, mas por reconhecimento consciente,
torna-se uma ponte entre mundos diferentes, uma base sólida para o pensamento
ecumênico.
A função dos axiomas no PEA
Na Teoria do Pensamento Ecumênico Axiomático, os axiomas funcionam como
alicerces comuns para a construção de uma ética global. São eles que permitem
que pessoas de diferentes culturas, credos ou ideologias encontrem um chão
comum sobre o qual pensar, dialogar e agir juntas.
Assim como a matemática se edifica sobre axiomas invisíveis, mas
fundamentais, o PEA busca reconstruir o mundo humano sobre princípios simples,
mas essenciais — aqueles que ainda podem nos unir, mesmo quando tudo o mais
parece nos dividir.
4. COMO VALIDAR UM AXIOMA
A força de um sistema axiomático está na qualidade de seus fundamentos.
Se um axioma for frágil, obscuro ou tendencioso, tudo o que se constrói sobre ele
perde consistência. Por isso, no contexto do Pensamento Ecumênico Axiomático
(PEA), validar um axioma é um exercício de extrema responsabilidade filosófica
e ética.
O PEA não aceita axiomas por tradição, autoridade ou revelação. Um
axioma, dentro desta teoria, precisa ser reconhecido como universal e
autoevidente pela razão humana em diálogo com a consciência ética.
Critérios de Validação de um Axioma no PEA
Para que uma proposição seja considerada um axioma ecumênico, ela deve
atender, no mínimo, aos seguintes critérios:
1. Universalidade Ética
O princípio deve poder ser aceito como válido por qualquer ser humano,
independentemente de cultura, religião, nacionalidade ou sistema político.
Exemplo válido: “Toda vida tem dignidade.”
Exemplo inválido: “A minha fé é a única verdade.”
2. Autoevidência racional
A proposição deve se impor pela clareza, sem necessidade de demonstração
ou comprovação externa. Ao ser enunciada, ela deve ressoar com a razão e a
sensibilidade como algo verdadeiro por si.
Exemplo: “O sofrimento injusto de outro ser humano não pode ser
indiferente.”
3. Independência de dogmas
O axioma não pode depender de uma doutrina específica, de uma autoridade
religiosa ou de uma visão de mundo fechada. Ele precisa ser reconhecível fora
de contextos teológicos ou ideológicos.
Um axioma não deve exigir fé, mas sim lucidez e empatia.
4. Capacidade de gerar convivência
O axioma deve ser fértil para o diálogo, para a justiça, para a
construção de pontes. A sua aceitação deve contribuir para a melhoria das
relações humanas e para a redução de tensões e violências.
Um axioma não serve para vencer discussões, mas para abrir caminhos de
entendimento.
5. Coerência com outros axiomas
Dentro do PEA, os axiomas devem se sustentar mutuamente, sem se
contradizer. Um novo axioma precisa harmonizar-se com os já reconhecidos,
contribuindo para o todo do pensamento.
O ecossistema axiomático deve ser logicamente consistente e eticamente
coeso.
Validação é um processo racional e coletivo
Ao contrário dos dogmas, que exigem submissão individual, os axiomas do
PEA são validados em um ambiente de escuta, diálogo e crítica construtiva.
Nenhum axioma é imposto — todos devem passar pelo crivo da razão compartilhada.
O PEA propõe que o ser humano, como ente pensante e ético, tem a
capacidade de reconhecer pontos fundamentais comuns à existência, mesmo diante
das maiores diferenças culturais.
Validar um axioma, portanto, é um ato de humildade e sabedoria. É
reconhecer que algumas verdades não são propriedade de ninguém, porque
pertencem a todos.
5. A TEORIA DO PENSAMENTO ECUMÊNICO AXIOMÁTICO – PEA
A Teoria do Pensamento Ecumênico Axiomático (PEA) nasce da urgência de
repensar a convivência humana a partir de um novo ponto de partida. Num mundo
fragmentado por dogmas, interesses e polarizações, o PEA propõe uma base comum,
sólida, racional e ética: os axiomas universais da dignidade, da paz e da
convivência positiva.
O PEA é uma filosofia de reconciliação, que busca a união possível — não
pela imposição de uma verdade única, mas pela descoberta de princípios
autoevidentes e éticos que todas as consciências humanas livres podem
reconhecer. Ele parte de uma dupla constatação:
- O mundo
está dividido, mas todos pertencemos a ele.
- A razão humana,
em diálogo com a empatia, pode reconhecer verdades essenciais que
independem de religião, cultura ou ideologia.
O que é o PEA?
O Pensamento Ecumênico Axiomático é:
- Pensamento: porque
nasce do uso consciente da razão, da reflexão crítica positiva e da
abertura ao diálogo positivo;
- Ecumênico: porque
transcende fronteiras religiosas, culturais e ideológicas, buscando uma
visão ampla e integradora da existência;
- Axiomático: porque
se fundamenta em princípios éticos universais, que não dependem de fé ou
prova, mas da clareza com que se impõem à consciência humana.
O que o PEA propõe?
O PEA propõe que a humanidade adote uma nova matriz de pensamento
baseada em axiomas que possam ser validados pela razão ética e pelo bem comum.
Ele substitui o confronto entre dogmas pelo reconhecimento de verdades
mínimas e essenciais para a vida em sociedade.
O PEA nega a negatividade buscando sempre a positividade do pensar,
afinal para a evolução algo deve ser negado, no caso do PEA é negada a
negatividade.
Trata-se de fundamentar o que é essencial para que possamos viver juntos
— mesmo em nossas diferenças.
Exemplo de axiomas no PEA
Alguns exemplos de axiomas ecumênicos que podem servir de base para essa
teoria:
- A
dignidade humana é universal: Todos os seres humanos têm
dignidade e valor, independentemente de sua origem, cultura ou crença.
- A
compaixão é fundamental: A compaixão e a empatia são
essenciais para construir relações saudáveis e harmoniosas entre as
pessoas.
- A
verdade é multifacetada: A verdade pode ser percebida
de diferentes maneiras, e é importante considerar múltiplas perspectivas
para entender melhor a realidade.
- A
cooperação é essencial: A cooperação e o trabalho em equipe são
fundamentais para alcançar objetivos comuns e superar desafios.
- A
diversidade é enriquecedora: A diversidade de culturas,
crenças e perspectivas é uma fonte de riqueza e aprendizado para a
humanidade.
- A
justiça é universal: A justiça e a igualdade são princípios
fundamentais que devem ser respeitados em todas as culturas e sociedades.
- A busca
pela sabedoria é contínua: A busca pela sabedoria e pelo
conhecimento é um processo contínuo que requer abertura, curiosidade e
humildade.
- A
empatia é a base da compreensão: Entender e compartilhar os
sentimentos dos outros é fundamental para construir relações saudáveis.
- A
humanidade é interconectada: Todos os seres humanos estão
conectados e interdependentes, e nossas ações têm impacto uns nos outros.
- A
liberdade de pensamento é essencial: A liberdade de pensamento e
expressão é fundamental para o desenvolvimento individual e coletivo.
- A
gratidão é uma virtude universal: A gratidão e o apreço pelas
coisas boas da vida são universais e podem unir as pessoas.
- A
responsabilidade é compartilhada: Todos têm responsabilidade por
suas ações e pelo bem-estar dos outros.
- A busca
pela paz é um objetivo comum: A paz e a harmonia são
objetivos comuns que podem ser alcançados através do diálogo e da
cooperação.
- A
autenticidade é fundamental: Ser autêntico e verdadeiro
consigo mesmo e com os outros é fundamental para construir relações
saudáveis.
- A
aprendizagem é um processo contínuo: A aprendizagem e o crescimento
são processos contínuos que requerem abertura e curiosidade.
- A
solidariedade é uma força: A solidariedade e o apoio
mútuo são fundamentais para superar desafios e alcançar objetivos comuns.
- A
compaixão é uma linguagem universal: A compaixão e a empatia podem
transcender barreiras culturais e linguísticas.
Esses axiomas não são leis ou mandamentos. São pontos de partida éticos
que, uma vez reconhecidos, podem orientar decisões políticas, relações sociais,
condutas individuais e até o pensamento religioso ou científico.
Um caminho possível para a humanidade
A PEA não nega as tradições religiosas, nem combate as ciências, nem se
opõe à filosofia. Ela dialoga com tudo isso, oferecendo um terreno comum onde o
humano possa se reconhecer no outro, mesmo quando pensa diferente.
É uma proposta de reconstrução — não da verdade absoluta, mas da
possibilidade de coexistência verdadeira. É um convite à ação racional com
espírito fraterno.
O mundo não precisa de uma nova religião. Precisa de uma nova
consciência — e ela pode começar com o simples reconhecimento de que algumas
verdades não se impõem pela força, mas pela lucidez.
Esse é o coração da Teoria do Pensamento Ecumênico Axiomático.
6. O PODER DO PENSAMENTO ECUMÊNICO AXIOMÁTICO – PEA
Toda teoria que pretende tocar o coração da humanidade precisa
ultrapassar os limites da reflexão abstrata e alcançar a vida concreta. A
Teoria do Pensamento Ecumênico Axiomático (PEA) nasce de um compromisso: tornar
o pensamento uma força ética e unificadora, capaz de transformar consciências,
relações e sociedades.
O poder da clareza moral
O primeiro poder do PEA está na sua clareza de princípios. Ao substituir
dogmas por axiomas, o PEA permite que o ser humano se oriente sem submissão.
- O dogma
exige crença cega.
- O axioma
convida à lucidez ativa.
Essa mudança sutil é uma revolução silenciosa: o indivíduo deixa de ser
seguidor e passa a ser agente moral consciente. Ele não age por medo de castigo
ou promessa de recompensa, mas porque reconhece o valor do bem como
autoevidente.
O poder da união sem dominação
O segundo poder do PEA está no seu caráter ecumênico radical. Ao buscar
pontos comuns entre diferentes culturas, filosofias e espiritualidades, ele não
impõe uniformidade, mas reconhece a dignidade da diversidade.
A unidade não está na fusão das diferenças, mas na aceitação de que há
valores que atravessam todas as fronteiras.
Isso torna o PEA uma força de reconciliação entre povos, religiões,
ideologias e classes sociais. Ele aponta para uma convivência baseada não no
que nos separa, mas no que é inegável a todos: a dignidade da vida, a busca
pela justiça, o direito de existir.
O poder de reorganizar sistemas
O PEA é também um projeto de reordenação civilizatória. Ele propõe que a
política, a economia, a educação, a ciência e a espiritualidade precisam se
submeter a axiomas éticos universais.
Uma política que nega a dignidade humana não é legítima.
Uma economia que gera fome é imoral.
Uma religião que separa é contraditória.
Assim, o PEA oferece uma bússola ética para revisar os sistemas
existentes e propor novos caminhos baseados na equidade, na paz e na
sustentabilidade da vida planetária.
O poder da autonomia ética
No plano individual, o PEA empodera o ser humano com um poder silencioso
e profundo: o de pensar com liberdade e agir com consciência.
- Ele não
diz o que você deve pensar.
- Ele
ensina como pensar com base em princípios sólidos, éticos e universais.
O resultado é um ser humano menos manipulável, mais coerente, mais
empático e mais disposto a dialogar.
Não um crente cego, nem um cético paralisado, mas um pensador em movimento.
O poder de regenerar o humano
Por fim, o PEA tem o poder de regenerar nossa humanidade comum. Em um
mundo marcado por conflitos, polarizações, fanatismos e desumanizações, essa
teoria resgata a base do que nos faz verdadeiramente humanos: a capacidade de
compreender o outro sem precisar dominá-lo.
Pensar ecumenicamente com base em axiomas é um ato revolucionário.
É dizer: "Eu reconheço em você um ser digno, mesmo que não pensemos
igual."
E isso, hoje, é uma das maiores potências que podemos gerar no mundo.
O poder do Pensamento Ecumênico Axiomático está na sua simplicidade lúcida e na sua radicalidade ética. Ele não quer dominar, mas iluminar. Não quer impor, mas propor.
E por isso mesmo, seu impacto pode ser imenso.
Uma ideia verdadeira, justa e compartilhada tem o poder de mover
civilizações.
7. AS DROGAS DO PENSAMENTO ECUMÊNICO AXIOMÁTICO – PEA
Toda teoria, mesmo aquela fundamentada nos mais sólidos princípios,
enfrenta perigos internos e externos que podem corromper seu propósito. No caso
do Pensamento Ecumênico Axiomático (PEA), essas ameaças são as chamadas “drogas
do pensamento” — vícios, dependências e ilusões que desviam o pensamento da sua
função verdadeira: a busca pela verdade, pela ética e pela união.
1. Dogmatismo
Mesmo o pensamento que se pretende livre pode cair no dogmatismo quando
um axioma é transformado em regra rígida, inquestionável e inflexível.
- Isso
gera o que o PEA chama de “axiomatismo autoritário”.
- Um
axioma deve ser fundamento.
A cura está na prática da autocrítica contínua e na abertura ao diálogo.
2. Relativismo extremo
No extremo oposto, o pensamento pode ser intoxicado pelo relativismo,
que nega qualquer verdade universal e transforma tudo em opinião subjetiva.
- Isso
cria uma “zona morta” onde nada pode ser afirmado.
- O PEA
rejeita o relativismo absoluto, pois ele paralisa a ação ética.
O desafio é manter o equilíbrio entre a abertura plural e a firmeza dos
princípios axiomaticamente sólidos.
3. Fanatismo da tolerância
A tolerância, valor central no PEA, pode virar uma droga quando se torna
tolerância cega, que aceita tudo sem critério, inclusive o que fere a dignidade
humana.
- Esse
fanatismo da tolerância é uma forma de negação do próprio axioma da
dignidade universal.
- O PEA
defende uma tolerância responsável e crítica, que sabe dizer “não” quando
necessário.
4. Autoritarismo intelectual
Outro veneno para o PEA é o autoritarismo intelectual, quando alguém usa
o discurso da razão para dominar e excluir.
- Isso
destrói o espírito ecumênico e o diálogo aberto.
- O
pensamento ecumênico axiomaticamente fundamentado é humilde e acolhedor.
5. Inércia e conformismo
Por fim, o pensamento pode ser viciado na inércia, no conformismo
passivo, que aceita o status quo por medo ou preguiça.
- O PEA
exige coragem para questionar estruturas injustas e para agir.
- O
pensamento sem ação é vazio, e a ética sem coragem é uma máscara.
As “drogas do pensamento” são armadilhas que ameaçam o poder transformador do Pensamento Ecumênico Axiomático. Reconhecê-las é o primeiro passo para manter o pensamento limpo, livre e forte.
O PEA é um convite à vigilância ética, ao equilíbrio e à prática
constante da reflexão crítica positiva, para que a luz dos axiomas não se
apague diante do mal do mundo.
8. O FOMENTO DO PENSAMENTO ECUMÊNICO AXIOMÁTICO – PEA
Para que o Pensamento Ecumênico Axiomático (PEA) não seja apenas uma
ideia isolada, mas uma força viva capaz de transformar consciências e
realidades, é fundamental entender como fomentá-lo. O fomento é o processo que
cria condições favoráveis para que essa teoria floresça, se expanda e se
consolide no tecido social e cultural.
Educação como base primordial
A educação é o solo fértil onde o PEA pode crescer.
- Deve ser
inclusiva e plural, capaz de apresentar axiomas como fundamentos éticos
universais, sem impor dogmas.
- A
educação deve estimular o pensamento crítico, a empatia e a capacidade de
diálogo.
- Promover
o conhecimento intercultural e inter-religioso, para que a ideia ecumênica
se transforme em experiência concreta.
Diálogo contínuo e aberto
O PEA só se fortalece com o diálogo entre diferentes pessoas, grupos e
culturas.
- Incentivar
espaços de debate sem preconceitos, onde o axioma se manifeste como ponto
de encontro, não de confronto.
- Valorizar
a escuta ativa, a humildade intelectual e o respeito às diferenças.
Comunicação clara e acessível
Para chegar a todos, o PEA precisa ser comunicado de forma clara,
simples e acessível, sem jargões excessivos ou linguagem elitista.
- Usar
múltiplos canais — da mídia tradicional às redes sociais — para disseminar
seus princípios.
- Criar materiais educativos, eventos, palestras, livros e mídias digitais que conectem a teoria à vida cotidiana.
Construção de redes e parcerias
O fomento do PEA exige a formação de redes colaborativas entre
instituições educacionais, religiosas, ONGs, movimentos sociais e órgãos
públicos.
- Essas
parcerias potencializam a ação coletiva.
- Facilitam
a integração de axiomas na prática social, política e cultural.
Prática e exemplo
Nenhuma teoria se consolida sem prática. O PEA precisa ser vivido no
cotidiano:
- Em
atitudes de respeito e justiça.
- Em
políticas públicas baseadas em axiomas éticos.
- Em
projetos sociais que promovam a inclusão e a paz.
O exemplo pessoal e comunitário é a semente que gera transformação real.
Renovação e adaptação constantes
Por fim, o fomento do PEA requer que a teoria esteja aberta à renovação
e adaptação, respondendo aos desafios e às mudanças do mundo.
- A
axiomatização deve ser dinâmica, acompanhando novos contextos.
- O
pensamento ecumênico deve dialogar com avanços científicos, culturais e
sociais.
Fomentar o Pensamento Ecumênico Axiomático é cultivar uma nova cultura ética, uma nova forma de existir em comunidade e no planeta.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Teoria do Pensamento Ecumênico Axiomático (PEA) não é apenas uma
construção intelectual. É um chamado para a transformação profunda do
pensamento, da ética e da convivência humana.
O desafio
Não basta conhecer essa teoria; é preciso viver seus princípios,
aplicá-los no cotidiano e difundi-los com coragem e clareza. A mudança real
começa na transformação do olhar, na prática do diálogo e na busca contínua
pela ética universal.
A esperança
Vivemos tempos de crises profundas — sociais, políticas, ambientais e
espirituais — que exigem respostas novas e ousadas. O Pensamento Ecumênico
Axiomático é uma proposta para responder a esses desafios, oferecendo um
caminho de reconciliação, racionalidade e respeito.
O convite
Este é um convite a você, leitor e pensador, para que se una a essa
jornada.
Para que cultive os axiomas da ética universal, para que pratique o ecumenismo
da compreensão e do respeito, para que seja um agente ativo na construção de um
mundo mais justo e solidário.
“A verdade não é propriedade de ninguém, mas patrimônio de todos. E nela
reside o poder maior: o poder de nos transformar e unir.”
10. GLOSSÁRIO
Axioma
Princípio fundamental considerado autoevidente, que serve como base para
construir um sistema lógico ou ético. No PEA, é um valor universal que orienta
o pensamento e a ação.
Dogma
Proposição imposta como verdade absoluta e inquestionável, geralmente por
instituições religiosas ou políticas, que não admite dúvida nem contestação.
Ecumenismo
Movimento ou atitude que busca a unidade e o diálogo entre diferentes
religiões, culturas e crenças, valorizando o respeito à diversidade.
Pensamento Ecumênico Axiomático (PEA)
Teoria criada por Ode Justus que une o ecumenismo à axiomatização da ética e do
pensamento, propondo princípios universais para a união humana baseada na
razão, no respeito e na ética.
Princípio Ético Universal
Valor ou regra que é reconhecido como válido e justo por todas as pessoas,
independentemente de suas crenças culturais, religiosas ou pessoais.
Relativismo
Visão filosófica que nega a existência de verdades universais, defendendo que a
verdade depende do ponto de vista ou contexto.
Tolerância Responsável
Atitude de respeito e aceitação das diferenças, que reconhece limites éticos
para preservar a dignidade humana e a justiça.
Dialogicidade
Capacidade e prática de engajar-se em diálogo aberto, respeitoso e construtivo
com diferentes pontos de vista.
Unidade na Diversidade
Conceito que reconhece a coexistência harmônica de diferentes culturas, crenças
e ideias, mantendo a diversidade sem perder a comunhão ética e humana.
11. SOBRE O AUTOR
Oldemar Justus Fernandes Costa, também conhecido como Ode Justus, é o
idealizador e criador da Teoria do Pensamento Ecumênico Axiomático (PEA).
Contato com o Autor: oldemarjustus@gmail.com